20 de Setembro de 2017 - 07h45

​Prefeito de Chapecó cria mote para candidatura de Merisio:

Foto: Divulgação

Em visita a Florianópolis para promover a nova edição da Efapi, tradicional feira agrícola, industrial e comercial de Chapecó, o prefeito Luciano Buligon (PSB) lançou informalmente uma espécie de manifesto para as eleições de 2018.

— Santa Catarina precisa de um governador colono, com o jeito do Oeste.

O colono de Buligon é o deputado estadual Gelson Merisio (PSD). Ele deixa claro quando é perguntado se poderia disputar a majoritária ano que vem - rumor que circula por Chapecó, mas não encontra maior eco fora da região. Trazido do PMDB para o PSB para disputar a prefeitura ano passado com a bênção pessedistas de Merisio e do deputado federal João Rodrigues, Buligon é candidato a cabo eleitoral do projeto.

O prefeito diz que apoia Merisio porque ele declara abertamente o desejo de disputar o cargo ano que vem e trabalha para isso. Não é um caminho fácil. A única vez que a região teve um governador foi quando o vice Casildo Maldaner (PMDB) assumiu o posto com a morte de Pedro Ivo Campos. Ficou um ano no cargo, entre 1990 e 1991. Pela via eleitoral, nomes como Nelson Wedekin (pelo PDT), José Fritsch (PT) e Claudio Vignatti (PT) tentaram chegar ao governo, sem alcançar o segundo turno. Com trajetória política iniciada em Videira, no Meio Oeste, Vilson Kleinübing (PFL) foi eleito governador em 1990, mas já havia mudado o domicílio para Blumenau.

A chave para o crescimento e viabilização da candidatura de Merisio parece estar vinculada à fala do prefeito Buligon sobre o orgulho de ser colono. Merisio precisa conquistar o Oeste, surfar a autoestima do povo da região que ganhou protagonismo econômico e ainda ressente de força política. Fazer do Oeste o que representava eleitoralmente Joinville para Luiz Henrique da Silveira, a Grande Florianópolis para Esperidião Amin.

Por enquanto, as pesquisas internas mostram que há muito trabalho a fazer nesse sentido. Merisio aparece melhor no Oeste que nos outros rincões do Estado, obviamente, mas não com a vantagem que necessita para se consolidar como aposta da região. Vai ter que trabalhar como um legítimo colono nos próximos meses.

Upiara Boschi - Colunista DC

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