São Bernardino / Variedades - 07 de Setembro de 2017 - 13h43

​7 de Setembro em São Bernardino foi de protesto contra violência domestica

Foto: www.campoere_1.com/Dieila Zanetti

O 7 setembro de 2017, será lembrado em São Bernardino e na região, por ter uma população unida em defesa de seus cidadãos.

Com o slogan “#SomosTodosMarlene. Sim! Somos todos Marlene a população foi as ruas para protestar contra a violência domestica em especial a mulher.

Os organizadores do protesto emitiram nota:

Representamos Marlene e as milhares de mulheres que sofrem agressão física, psicológica, sexual, verbal ou moral. Mulheres que precisam de atenção, mulheres que precisam de coragem. Coragem para se impor, coragem para denunciar, lutar pelos seus direitos.”

Com esse objetivo, com faixas e camisetas personalizadas é que centenas de mulheres foram às ruas de São Bernardino na manhã de hoje (07). O ato foi iniciativa de um grupo de mulheres da cidade que mobilizou a população para manifestar a indignação referente ao Caso Marlene. Também contou com apoio de homens e autoridades municipais.

A manifestação nas ruas foi hoje, após o desfile cívico organizado pela administração municipal de São Bernardino. Mas o caso já está repercutindo nas redes sociais desde a segunda-feira (04) com a hashtag #SomosTodosMarlene.

Entenda o caso

Elvira Marlene Kuntzler Dal Piva, de 46 anos, mãe de quatro filhos, foi brutalmente assassinada na noite de sábado, dia 02 de setembro. Segundo o laudo do IML Marlene apresentou ferimentos na cabeça e lesões no pescoço indicando estrangulamento.

O principal suspeito do crime, ex marido da vítima, Genuir Dal Piva, se apresentou na segunda-feira 04, na delegacia da Comarca de Campo Erê, acompanhado de seu advogado e foi liberado assim que prestou depoimento. Ele alegou ter matado a ex companheira em legítima defesa.

E é por estar respondendo em liberdade que a população de São Bernardino se revoltou. Pois segundo populares, Dona Marlene sempre foi uma mulher honesta e trabalhadora. Além disso, vizinhos, amigos próximos podem afirmar que ela sempre sofreu violência doméstica. As brigas do casal eram freqüentes.

Segundo o delegado Jhon Edy Lamb, a policia mantém os detalhes do crime sob sigilo, até que o processo que foi instaurado seja concluído. Antes de se manifestar oficialmente sobre o caso, Jhon aguarda também o levantamento do local do crime e o laudo cadavérico, para que com os depoimentos, tanto do suspeito quanto das testemunhas, se possa ter a posição final de como aconteceu o crime.

Violência doméstica

Segundo dados levantados por uma das idealizadoras do grupo, Graciela Nienov, uma em cada três mulheres sofreram algum tipo de violência no último ano. Só de agressões físicas, o número é alarmante: 503 mulheres brasileiras vítimas a cada hora. Esses números, que mostram o persistente problema da violência contra as mulheres no Brasil, fazem parte de uma pesquisa feita pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança.

Os dados, divulgados recentemente mostram que 22% das brasileiras sofreram ofensa verbal no ano passado, um total de 12 milhões de mulheres. Além disso, 10% das mulheres sofreram ameaça de violência física, 8% sofreram ofensa sexual, 4% receberam ameaça com faca ou arma de fogo. E ainda: 3% ou 1,4 milhões de mulheres sofreram espancamento ou tentativa de estrangulamento e 1% levou pelo menos um tiro.

A pesquisa mostrou que, entre as mulheres que sofreram violência, 52% se calaram. Apenas 11% procuraram uma delegacia da mulher e 13% preferiram o auxílio da família.

E o agressor, na maior parte das vezes, é um conhecido (61% dos casos). Em 19% das vezes, eram companheiros atuais das vítimas e em 16% eram ex-companheiros.

As agressões mais graves ocorreram dentro da casa das vítimas, em 43% dos casos, ante 39% nas ruas.

Fonte: campoere_1.com/Dieila Zanetti

Galeria

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