A Páscoa é uma das datas
comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta
comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem
religiosa que vem do hebraico pesah, que significa passagem.
Já na Grécia Antiga, este termo
também é encontrado como Paska. A palavra tem sua origem
ligada à religiosidade e significa "alimento", ou seja, o fim do
jejum da Quaresma.
Antigamente, nesta data, os
antigos povos pagãos (Celtas, Fenícios, Egípcios, etc.) festejavam a chegada da
primavera e o fim do inverno. Naquele contexto, essa celebração simbolizava a
sobrevivência da espécie humana.
Essa Festa era celebrada,
principalmente, na região do Mediterrâneo, durante o Mês de Março. Geralmente,
a comemoração era realizada na primeira lua cheia da época das flores. Entre os
povos da antiguidade, o fim do inverno e o começo da primavera era de extrema
importância, pois estava ligado a maiores chances de sobrevivência em função do
rigoroso inverno que castigava a Europa, dificultando a produção de alimentos.
Páscoa na liturgia Cristã
A comemoração que relembra a
crucificação e celebra a ressurreição de Jesus Cristo, celebração da Páscoa,
acontece durante a Semana Santa, período do Cristianismo que tem início no
Domingo de Ramos, dia que marca a entrada de Cristo em Jerusalém. Ela é
considerada uma das mais importantes datas comemorativas que simboliza uma nova
vida, nova era, esperança. Já a Quaresma representa os 40 dias que antecedem a
Páscoa, e corresponde a uma forma de penitência realizada pelos fiéis cristãos.
É comum as pessoas fazerem promessas durante esse período e absterem-se de
carnes vermelhas.
-Mas, por que algumas pessoas não
comem carne vermelha na Sexta-Feira Santa? Conhecido também como Sexta da
Paixão, é um dia reservado para a prática da abstinência, onde os
católicos reservam para o reconhecimento do sacrifício de Jesus Cristo. Segundo
as escrituras da Bíblia, Jesus viveu e morreu para salvar todas as pessoas de
seus pecados.
Por isso, a Igreja Católica
recomenda aos fiéis que reconheçam o sacrifício que foi a vida daquele que dá
nome ao cristianismo. A abstinência de carne vermelha, presente no cardápio da
maioria das pessoas, e o jejum, são algumas das recomendações. Mas, ao
contrário do que muitos pensam, a Igreja recomenda que todas as sextas-feiras
do ano sejam reservadas à abstinência de carne e não apenas àquela considerada
Santa. Já a tradição de comer peixes na Sexta-Feira Santa é, portanto,
apenas uma cultura cultivada pelas pessoas há muitos anos, com base
no Código de Direito Canônico, o Livro que rege as regras da Igreja
Católica.
É válido frisar também, que, a
data de comemoração varia dos dias 22 de Março (data do Equinócio) a 25 de
Abril. A semana que antecede o Domingo de Páscoa é denominada de “Semana Santa”. Essa variação de datas acontece porque
a Páscoa não cai no mesmo dia todo ano, pois é
comemorada no primeiro domingo de lua cheia após a entrada da primavera no
Hemisfério Norte (no Hemisfério Sul é início de outono).
O símbolo do Coelho e dos ovos
O que a reprodução tem a ver com
os significados religiosos da Páscoa? Tanto no significado Cristão quanto no de
outros segmentos, esta data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já
os ovos de Páscoa também estão neste contexto da fecundidade e da vida.
No ponto de vista pagão, derivado do inglês, Easter, que significa Páscoa, está intimamente ligado aos cultos da deusa da fertilidade da mitologia nórdica e germânica. Acredita-se que o coelho e os ovos coloridos surgiram daí, uma vez que são símbolos de renovação da deusa e nascimento em diversas culturas. Então, desde a antiguidade, ele, o coelho, está associado à troca de ovos realizada por muitos povos, como símbolo de sorte.
Fonte: Mauro Felippe, extraído do livro Espectros