Transito - 26 de Abril de 2019 - 07h00

​Lombada eletrônica – reduzir ou acelerar? Você sabe realmente como são considerados os limites de velocidade?

Conheça os mitos que envolvem as lombadas eletrônicas e trafegue com mais tranquilidade

Ninguém gosta de congestionamentos no trânsito, certo? Mas muitos deles poderiam ser evitados ou, pelo menos, minimizados, se alguns motoristas mudassem alguns comportamentos. Por exemplo: passar pelas lombadas eletrônicas com velocidade igual ou um pouco abaixo da informada na placa já ajudaria bastante. Há uma prática facilmente perceptível de muitos motoristas que é a de reduzir excessivamente a velocidade quando estes se aproximam de uma lombada eletrônica. Se o limite é 80 km/h, muitos passam com 60, 50 e até 40 km/h, por exemplo. Quando o limite é de 50 km/h, as velocidades são reduzidas para até 20 km/h. Essa redução excessiva provoca um fenômeno, a “onda zero”.

Como nasce a onda zero? – Em um limite de 50 km/h, por exemplo, o primeiro carro reduz para 40, o segundo para 35, o terceiro pra 30, e essa redução vai até aquele condutor que acaba parando o seu carro por causa do que está à sua frente, isto é, a velocidade é nula (zero). Ele só quer evitar a colisão traseira. E a partir daí, tantos outros que seguem na fila acabam parando também. O problema é ainda maior, pois os que pararam têm que sair do “zero”; um por um. A essa altura o congestionamento já será grande.

Por que isso acontece? – Por medo de ser multado, por falta de confiança no equipamento ou por excesso de zelo. O que precisa ficar claro é que os radares são aferidos pelo INMETRO anualmente, descartando com isso a possibilidade de erro. Mesmo assim, existe uma margem de erro que é considerada. Esta margem é de 7 km/h ou de 7%, para mais, dependendo do limite, o que pode beneficiar o motorista. Na prática, como funciona? Vamos aos exemplos. A lombada que foi regulada para flagrar veículos acima de 80 km/h, só capta o excesso a partir de 87 km/h. Naquelas onde o limite é de 50 km/h, você só será multado se passar com velocidade superior a 57 km/h.

Naquela onde o limite é de 100 km/h, só será registrado o excesso quando se ultrapassa os 107 km/h. A exceção fica para os equipamentos que limitam velocidades superiores a 100 km/h, onde a margem de erro será de 7%. Vamos para outro exemplo. Em uma lombada eletrônica que considere o limite em 110 km/h, a margem será de 117,7 km/h, isto é, 7% a mais. Então, quando um infrator recebe uma notificação porque passou a 61 km/h, quando o limite era de 60 km/h, na verdade ele passou a 68 km/h. Neste caso, os 7 km/h já foram subtraídos e, no final das contas, a velocidade considerada foi de 61 km/h. Os radares portáteis também seguem esta mesma regra.

Embora não sejam equipamentos pertencentes e administrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), diversas lombadas eletrônicas são instaladas em rodovias federais e em locais onde existem retornos ou pontos de grande travessia de pedestres. O objetivo é evitar colisões e atropelamentos. Mas se você passar por ela na velocidade limitada pela placa ou um pouco abaixo dela, os congestionamentos diminuirão consideravelmente. Todos que estão no trânsito serão beneficiados.

Fonte: CampoErê.Com/PRF

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