O advogado de defesa de Adelino Dala Riva, Adilson Luiz
Raimondi, abriu os debates da tarde desta terça-feira (2) durante o segundo dia
do julgamento do caso Joacir Montagna. Os advogados dos cinco réus terão cada
um, 1 hora para defesa. Depois, serão disponibilizadas mais duas horas e meia
para réplica e duas horas e meia para a tréplica.
Adelino Dala Riva é apontado pelo inquérito como o mandante
do assassinato do advogado de Guaraciaba. O crime foi cometido em agosto do ano
passado pelo réu confesso, Lucas Gomes dos Santos.
Advogado se dirigiu à família de Joacir Montagna lamentando
a morte do colega - Foto: WH Comunicações | Camila Pompeo
Durante a defesa, o advogado Adilson Luiz Raimondi
questionou a versão de Lucas que coloca seu cliente como o contratante do
assassinato. Lucas, réu confesso e autor do disparo que tirou a vida de Montagna,
fez um acordo de colaboração premiada com a polícia e delatou os demais
denunciados que teriam participação no crime.
“A delação ocorreu porque beneficiou o Lucas. Será que
quando ofertaram a delação pro Lucas explicaram que os irmãos iriam pro inferno
também? Porque há tanta contradição nessa delação? Não estou preocupado com
qualificadora e com os demais réus. Estou preocupado que quem trouxe meu
cliente aqui foi o Lucas, com o beneficio da delação premiada”, disse.
Raimondi reforça a versão de que Lucas enganou os irmãos dizendo que eles fariam um assalto. Ainda segundo o advogado, não há provas de que Adelino possa ter sido cliente de Montagna. “Não estou tirando a finalidade da delação, mas ele tem o benefício. Lucas enganou os irmãos, tirou a vida de um colega que pelo conhecimento que tenho não merecia ter partido. Há indícios, mas não provas com materialidade de que Adelino foi cliente do Montagna. Também não existem provas de que Adelino tenha participação na adulteração da motocicleta utilizada", argumentou.
Fonte: WH3