O caso foi registrado em Nova Erechim, depois que um jovem
se acidentou com moto irregular fazendo “trilha” no interior.
Em dezembro de 2017 um rapaz de Pinhalzinho, de apenas 19
anos, se acidentou em Nova Erechim ao participar de um evento de motocross,
sofrendo lesões e sendo em razão disso encaminhado ao Hospital Regional do
Oeste, em Chapecó.
Ele sabia que não
poderia receber o valor do seguro DPVAT por estar conduzindo sua motocicleta em
uma via particular e com moto não regularizada.
Contudo, ao sair do hospital foi abordado por um funcionário
de um despachante de Chapecó, que lhe auxiliou a cometer a fraude. Eles conseguiram
um terceiro, amigo do condutor acidentado, também de Pinhalzinho, que possuía
uma Honda/Biz, com a documentação em dia. Esse amigo então, com o auxílio do
despachante e do condutor, fez uma declaração falsa. Declarou que seu amigo
estava conduzindo sua motocicleta no dia em que se acidentou.
De posse dessa declaração, o rapaz que se acidentou
registrou boletim de ocorrência em Pinhalzinho (um mês e meio após o acidente),
alegando que estaria conduzindo a Biz no dia em que se acidentou, e fez o
encaminhamento do seguro DPVAT.
Tão logo recebeu o valor (quase 5 mil reais), repassou parte
para o despachante de Chapecó (1500 reais). Ficou evidenciado que o funcionário
auxiliou desde o início da fraude até o recebimento do seu pagamento e que o
proprietário do despachante sabia desde o início da fraude e também ajudou,
dando “dicas” de como fazer a fraude para receber o seguro e fazendo o
encaminhamento do processo.
Descoberta a fraude durante o inquérito que tramitou em Nova
Erechim, o rapaz que se acidentou, o funcionário e o proprietário do
despachante foram indiciados por falsidade ideológica e estelionato. O amigo
que fez a declaração também foi indiciado por falsidade ideológica, cuja pena
prevista é de reclusão de 1 a 3 anos.
O Inquérito foi encaminhado nesta data ao Poder Judiciário.
Fonte: CampoErê.Com