A ação de golpistas
se intensificou nos últimos dias em várias regiões do estado de SC.
Uma das tentativas foi feita em Campo Erê nesta segunda feira 20, quando os estelionatários entraram em contato com os funcionários de uma auto escola. Em outra tentativa a informação é de que o golpista convenceu que o contatado "devolvesse" parte do dinheiro que supostamente teria depositado enganado.
Como funciona
Os motoristas de
aplicativo e colaboradores de autoescolas são chamados pelo WhatsApp ou por
ligação telefônica, quando os estelionatários se dizem servidores, juízes ou
promotores de Justiça.
Em todos os casos o
modo de agir dos golpistas é semelhante. Dizem que um colega do fórum foi
afastado das atividades como motorista, por conta da Covid-19, e, por isso,
precisam dos serviços da vítima. Acertam os dias trabalhados e o valor. Em um
novo contato, afirmam que o depósito foi feito e numa quantia acima do
combinado. É neste momento que pedem o retorno do dinheiro por depósito
bancário ou transferência via Pix. Em Lages, o prejuízo foi de aproximadamente
R$ 1.000,00 e em Ponte Serrada perto dos R$ 2.000,00 e em Campo Erê foi de R$ 950,00
Alerta
O Núcleo de
Inteligência e Segurança Institucional do TJSC acompanha as investigações. Os
agentes contam que foi possível identificar que os golpistas estão nos estados
do Mato Grosso, São Paulo, Goiás e Ceará. Os bandidos ganham a confiança das
vítimas em pequenos detalhes. O código de área do telefone utilizado para
comunicação, por exemplo, é 49.
Por meio das redes
sociais, descobrem nome dos profissionais e pedem diretamente por eles. Assim,
conseguem indicação de alguém que possa servir como motorista. Neste novo
contato, informam que receberam a indicação do conhecido da vítima. Na Serra,
os estelionatários fizeram reservas em um hotel se apresentando como juiz,
promotor e assessor judiciário. Em outra ligação, pediram a sugestão de um
motorista da cidade.
Durante a conversa
telefônica, com o motorista a ser contratado, são solicitadas fotos de
documentos, como Carteira Nacional de Habilitação e comprovante de residência.
Com essas informações, os criminosos abrem contas bancárias, pela internet. E
esses são dados bancários, de vítimas anteriores, que utilizam para solicitar o
reembolso do valor supostamente depositado a mais.
O que fazer
O NIS/TJSC orienta
a quem receber contato parecido que registre boletim de ocorrência na delegacia
de polícia mais próxima para apuração dos fatos e identificação dos suspeitos.
O Poder Judiciário de Santa Catarina reforça que não faz contato telefônico ou
via aplicativo de conversas para contratação de serviços. Como órgão público,
as compras e contratos necessitam ser efetuados por licitação.
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Fonte: Assessoria de Imprensa/NCI