Sempre desconfie de mensagens oferecendo
empréstimos ou créditos com condições muito diferentes das oferecidas pelas
instituições. Confira as dicas para não cair neste tipo de golpe
A ação de criminosos que utilizam as redes sociais
para aplicar golpes chama a atenção e, infelizmente, não é de hoje. A pandemia
de coronavírus e a necessidade do distanciamento social, acelerou o movimento
de pessoas procurando as plataformas sociais para compras, vendas, pagamento de
contas e inúmeras outras atividades. Se por um lado o espaço digital tem
facilitado o dia a dia, ele também pode ser um prato cheio para
estelionatários.
Um dos crimes que vem chamando a atenção é o falso
empréstimo. Golpistas enviam mensagens (via SMS ou aplicativos de conversa) se
passando por representantes de instituições financeiras e oferecendo
empréstimos com condições muito vantajosas.
Para liberar os valores, no entanto, eles pedem um pagamento adiantado.
E aí está o golpe. Uma vez pago, o dinheiro e os golpistas desaparecem,
deixando o prejuízo para a vítima.
O Analista de Gestão de Risco do Sicoob
MaxiCrédito, Leonardo Caldart, explica que há toda uma engenharia social por
trás dessas armadilhas e os criminosos usam de vários argumentos e artifícios
para convencer da legitimidade da oferta e induzir a pessoa a aceitar a
proposta. E para te ajudar a reconhecer ou desconfiar deste tipo de ação, ele
dá algumas dicas:
1) Não é cobrado sinal para liberação
de recurso
As instituições não exigem pagamento (depósito, Pix
ou qualquer outra forma) como condicionante para liberar o dinheiro do
empréstimo ou crédito consignado. A orientação é não fazer esses pagamentos,
especialmente se a conta de destino seja de uma pessoa física. Outro cuidado
importante é contratar consórcios ou empréstimos somente de instituições
financeiras ou bancos autorizados pelo Banco Central.
2) Instituições não buscam clientes
oferecendo dinheiro
As instituições financeiras não enviam mensagens
oferecendo valores para pessoas. Seja por aplicativos de mensagens ou redes
sociais. O movimento é da pessoa interessada em buscar o recurso diretamente
com os bancos, cooperativas ou financeiras. Quando a instituição promove
campanhas ou ações oferecendo crédito, ocorre a divulgação em veículos de
imprensa e também mídias sociais oficiais.
3) Atenção ao que está escrito na
mensagem
A primeira orientação é ficar atento ao texto da
mensagem. Se há erros de português, ou o nome e número da instituição não batem
com o cadastro no Banco Central são mais indicativos de possível golpe.
Ainda é importante cuidar o DDD do aparelho de onde
partiu a mensagem. O alerta também vale para bancos digitais e a orientação é
que a pessoa busque apurar se os códigos identificadores e os nomes constam no
cadastro do Banco Central.
4) Não clicar em links suspeitos!
Caldart enfatiza a importância do cuidado na hora
de clicar em links enviados por SMS ou mensagens em redes sociais. Eles podem
ser a porta de entrada para a instalação de vírus ou dispositivos que permitam
a clonagem do celular ou invasão do computador de onde os dados da vítima serão
extraídos.
Outro fator que pode ajudar na hora de ter uma
segurança maior ao acessar um site, é observar se aparece um cadeado na barra
de endereço ou que ele comece com ‘https’ – o S quer dizer que o site é seguro.
Ter um antivírus de qualidade também faz a diferença.
5) Não confirme seus dados nem
repasse documentos
O golpe começa a partir do momento que a vítima
inicia a conversa com o golpista, que pede documentos, podendo até mesmo enviar
um contrato falso. “Você passando suas informações, o golpista poderá usar seu
nome, inclusive, para outros tipos de fraude”, alerta.
É aí que pode entrar a modalidade conhecida como
Phishing, já que são inúmeras mensagens disparadas, como em uma pescaria. Mesmo
que apenas algumas pessoas sejam vítimas, ainda sim é lucro para os
criminosos.
Cai em um
golpe. E agora?
A orientação é que a pessoa faça um Boletim de
Ocorrência na Polícia Civil registrando o golpe. Essa também é uma medida que
pode ajudar a pessoa caso os golpistas usem os documentos dela para novos
crimes ou de forma indevida.
Se o pagamento for feito por Pix, o dinheiro quase
que imediatamente é encaminhado para outras contas. No entanto, com as mudanças
anunciadas recentemente pelo Banco Central, as instituições podem fazer a
tramitação para possível devolução dos valores em caso de fraude ou falha. A
solicitação pode partir do próprio pagador, ou pelo banco/cooperativa ao
perceber indícios de irregularidades.
Já se for por boleto e a pessoa perceber logo depois de pagar que se tratava de um golpe, ela tem até duas horas (a partir do pagamento) para tentar cancelar a operação junto à instituição.
Fonte: Ass. Sicoob Maxi Credito