O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) concluiu,
nesta quarta-feira (29/10), as investigações sobre a Operação Leite Adulterado III. Nos 10 dias previstos em lei
para essa fase de investigação, 50 pessoas foram ouvidas, em 16 interrogatórios
dos investigados presos e mais 34 inquirições e interrogatórios entre
testemunhas e outros envolvidos.
O resultado das investigações foi encaminhado para a Comarca de Quilombo, que
oportunamente deverá compartilhar a prova dos autos, com ordem judicial, com a
Secretaria da Fazenda Estadual, com o Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (MAPA/SIF/SIPOA) e com o Ministério da Justiça. Os documentos
serão compartilhados, ainda, com outros órgãos e Promotorias de Justiça do
próprio Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para a apuração de novos
crimes e especialmente para verificar a responsabilidade civil decorrente do
direito consumerista.
Nessa operação, são investigadas várias empresas, uma com sede na cidade de
Iraí, no Rio Grande do Sul, e as demais em Santa Catarina. A investigação
criminal apurou, ainda, que as empresas são laticínios e transportadoras que
vendiam o leite cru in natura para as empresas Danone (Amparo-SP), Szurra
(Candoi-PR), Sheffa (Amparo-SP), Bell (Herculândia-SP), G.O.P. Alimentos do
Brasil/Arbralat (Toledo-PR) e Terra Viva/CooperOeste (São Miguel do Oeste-SC).
As empresas investigadas também produziam queijos das marcas Cordilat, Boa
Vista, São Domingos, Anita e Monte Claro.
Com essas informações em mãos, o MAPA deverá fazer a rastreabilidade dos
produtos para saber quais lotes foram usados para produzir quais produtos e
para quais mercados. A equipe de Promotores de Justiça que atua no caso em
conjunto com o Promotor de Justiça da Comarca de Quilombo tem agora cinco dias
para analisar a prova obtida na investigação e apresentar a denúncia-crime ao
Juiz de Direito da Comarca de Quilombo, dando início à fase judicial.
O crime de adulteração do leite vem sendo investigado há seis meses pelo GAECO,
que já havia deflagrado as Operações "Leite Adulterado I e II", em 19 de agosto. O
coordenador do Gaeco em Chapecó, Promotor de Justiça Fabiano David
Baldissarelli, destaca que "essas operações visam a reafirmar o status de
eficiência na fiscalização e qualidade do leite produzido em Santa Catarina,
que é um dos principais Estados produtores de leite do Brasil".
Operação Leite Adulterado III - empresas investigadas
Empresa Cordilat / SC Foods - Cordilheira Alta/SC
Empresa Master Milk - Iraí/RS.
Empresa Laticínios Oeste Lat - Coronel Freitas/SC
Empresa Agro Estrela - Coronel Freitas/SC
Empresa Transportes Irmãos Gris - Formosa do Sul/SC.
Empresa Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor - Formosa do Sul/SC.
Empresa GD Transportes - Formosa do Sul/SC.
Empresa Transportes Douglas - Formosa do Sul/SC.
Empresa Laticínios Santa Terezinha - Santa Terezinha do Progresso/SC.
Empresa Laticínios São Bernardino - São Bernardino/SC
Empresa cooperativa Coopleforsul - Formosa do Sul/SC
MPereira Comércio e Representações LTDA ME
Fonte: campoere_1.com/MPSC