- 29 de Dezembro de 2009 - 19h36

Champagne ou espumante?

champagne

Quando falamos em final de ano e suas festas é difícil não mencionar a alegria de se brindar a chegada de um ano novo com um bom champagne para que o ano seja coroado de boas realizações.

Champagne ou Espumante?

Porque começar um texto com essa pergunta?

Simplesmente por que estamos falando do mesmo vinho, porém elaborado em lugares e métodos diferentes, mas, com o mesmo componente – o mosto de uvas com a sua segunda fermentação.
O vinho espumante só pode ter o nome de champagne quando elaborado na região do próprio nome na França.

Nesta região existe um local chamado “Vale do Marme” onde encontramos as montanhas da cidade de Reims, as terras em Epernay e Ay. As uvas utilizadas na elaboração de um espumante de qualidade – Pinot Noir, Pinot Meunier e Chardonnay – são cultivadas nestas cidades.

O vinho espumante elaborado fora da região de Champagne, somente pode ter o nome de espumante, porque a França estipulou uma lei que conserva a eles o direito deste nome - champagne.

Outros países que elaboram um vinho espumante têm que contentar-se em colocar outro nome, o exemplo claro é o Prosecco na Itália que utiliza a uva com o mesmo nome para a elaboração do seu espumante, também tem o Asti que utiliza a uva Moscatel, já na Espanha são os Cava que utilizam as uvas Macabeo, a Xarel-lo e a Parellada.
Existe um detalhe também muito importante na elaboração de um champagne ou espumante, o método de elaboração e são dois: o Champonaise e o Charmat, este detalhe tem uma grande influência no valor cobrado do produto final.

O método Champonaise deve estar expresso no rótulo ou a palavra Tradicional quando for um espumante elaborado fora da região de Champagne, com esta informação sabemos que todo champagne é elaborado pelo método tradicional e os espumantes, pode ser elaborado pelo método Tradicional ou Charmat.
O que é o método Champonaise?

É o método onde ocorre a segunda fermentação na garrafa, para que isso ocorra o enólogo após engarrafar o vinho tranqüilo – sem gás – acrescenta açúcar e leveduras para que ocorra a segunda fermentação na garrafa, após esta fase, começa o processo de Remuage, onde as garrafas são colocadas em pupitres – uma espécie de estante onde as garrafas são colocadas ligeiramente inclinadas com o gargalo para baixo – e giradas rapidamente ¼ de volta durante seis semanas para que os sedimentos desprendam-se das laterais e seja depositado no gargalo da garrafa.

Após esta fase o próximo passo é o Degorgement, quando as garrafas são colocadas somente os gargalos em uma solução a uma temperatura de - 20°C para congelar somente o líquido que se encontra ali com seus sedimentos, para depois ser expelido. Nesta fase acrescenta-se o Liqueur d’Expedicion para completar, deixando assim o vinho com as propriedades que se procura: Brut, Dry, Extra Dry, Demi Séc ou Doux.
O método Charmat é mais simples, mais rápido e proporciona que o espumante seja comercializado em um curto espaço de tempo.

O método Charmat é aquele que acontece a segunda fermentação do vinho em cubas de Aço Inoxidável. O vinho elaborado com este processo perde um pouco de sua elegância e finesse. Esta explicação é necessária para justiçar os altos preços do champagnes.

Um bom champagne deixa sensações especiais a cada vez que ele é apreciado. Normalmente possui aromas de maçã verde, pêra, abacaxi, tostado e outros; na boca torna-se cremoso e não é agressivo, sua cor é indiscutível brilhante e amarelo-ouro e seu perlage - as minúsculas bolinha - constante e tem que persistir por um tempo maior.

Fonte: Jandir Sabedot

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