Foi ontem (01), que o Bispo Dom Odelir Magri assumiu a Diocese de Chapecó que tem hoje 80 municipios e 40 paroquias.
Com a presença de
milhares de fieis de todas as paroquias e municipios da Diocese o destaque
ficol por conta das caravanas das cidades de Saltinho, Campo Erê, São Bernardino
e Santa Terezinha do Progresso, cujos cidades formam um só municipio quando o
Magri nasceu.
Veja alguns
trechos das palavras de Dom Odelir Magri:
Eu venho portanto para o meio de vós com a certeza de ter sido escolhido e enviado por Deus e me sinto confiante porque chamado a colaborar na missão de Jesus. Venho como Pastor missionário Comboniano, com minha experiência de missão e marcado pela força e riqueza de um carisma missionário e da espiritualidade de São Daniel Comboni, cujo lema era “Salvar a África com a África”. Estou chegando numa diocese que tem seus 59 anos de história e uma grande caminhada de evangelização. Uma diocese que possui um imenso patrimônio humano, espiritual, pastoral e cultural, frutos de uma comunidade cristã que juntamente com seus pastores foram testemunhas da fé em Jesus Cristo buscando viver e encarnar os valores do Evangelho.
Esta igreja é caracterizada pela riqueza e força de lideranças leigas (mais de 50 mil agentes de pastoral) e com uma rica experiência ministerial. E para que esta riqueza seja ainda maior cuidaremos também com carinho da vocação sacerdotal, do ministério ordenado.
Venho para
somar e trabalhar com vocês na vinha do Senhor que é a nossa diocese. Minha
diocese de origem. (Sei que santo de casa
não faz milagres e por isso fico até mais tranquilo e deixo os milagres a serem
feitos à Aquele que aqui me enviou).
Preciso de um tempo para conhecer melhor, escutar e aprender, e o farei com o firme propósito de somar, ser ponte e de construir unidade, valorizar todas as forças e criar redes de colaboração. Continuar o fortalecimento de uma igreja comprometida com a mensagem do Evangelho e portanto evangelizadora, sensível aos sinais de Deus especialmente nas situações de fronteiras e das comunidades mais necessitadas: povos Indígenas, pequenos agricultores, afro-descendentes, juventude, familia, pastoral carcerária, fazenda Esperança, e outras realidades importantes da nossa ação eveangelizadora.
Hoje me sinto agraciado por ter sido escolhido e chamado a fazer parte da história e da caminhada desta igreja particular, não só como filho na fé, mas também como pastor do rebanho, e dar continuidade ao trabalho de evangelização dos bispos diocesanos que me precederam: Dom José Thurler, Dom Wilson Laus Schmidt, Dom José Gomes que me ordenou sacerdote, e Dom Manoel João Francisco. Tendo presente também as Diretrizes Gerais da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, as orientações do Regional Sul 4 e o plano de pastoral da Diocese de Chapecó.
Para dar continuidade ao que de bom e de positivo existe na vida e caminhada desta igreja, estou certo de poder contar com a colaboração e a experiência de todas as forças existentes na diocese: os presbíteros, religiosas e religiosos, seminaristas, leigos e leigas, comunidades cristãs, as pastorais, os movimentos sociais, associações, autoridades constituídas, os empresários, especialmente empresários católicos, homens e mulheres de boa vontade e enfim, todos os filhos e filhas de Deus da diocese.
Venho com o desejo e a determinação de ajudar esta igreja particular a fortalecer sempre mais a sua vocação missionária, também no sentido ‘ad gentes’. Nossa Igreja particular recebeu e graças a Deus continua recebendo muito dos missionários (as), da vida consagrada. Não tenhamos medo de dar de nossa pobreza e teremos sempre mais vocações...
Com o Papa Francisco gostaria também de dizer: sejamos sempre mais uma Igreja em saída....
-- A Igreja
«em saída» é uma Igreja com as portas abertas. Sair em direção aos outros para
chegar às periferias humanas não significa correr pelo mundo sem direção nem
sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para
olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou
caído à beira do caminho. Às vezes, é como o pai do filho pródigo, que continua
com as portas abertas para, quando este voltar, poder entrar sem dificuldade.
Missão é partir,
caminhar, deixar tudo, sair de si. É despertar a fé, plantar a esperança,
cultivar o amor. Missão é sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos.
Descobri-los e encontrá-los. É andar nas pegadas deixadas por Cristo. Missão é
falar do coração de Deus com ternura nas mãos e na voz. Missão é parar de dar
voltas ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da vida. A
humanidade é bem maior. A humanidade inteira deve ter um lugar no coração de cada
cristão, discípulo missionário de Jesus Cristo.
“A Missão, a Evangelização é feita: com os pés dos que partem; com os joelhos dos que rezam e com as mãos dos que ajudam.”
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Dom Odelir José Magri, mccj
Saiba mais:
Odelir José Magri é bisneto de imigrantes italianos, da
família Magri, que chegaram ao Brasil na época da Proclamação da república, em
1889, e se dedicaram à agricultura, na região Oeste de Santa Catarina.
Fonte: campoere_1.com